O perfeccionismo pode ser definido como uma tendência em manter padrões tão elevados, que acabam interferindo no desempenho e causam sofrimento e prejuízos significativos. É comum que pessoas perfeccionistas sejam críticas quando não atingem suas expectativas, tenham preocupações excessivas quando cometem erros e pensam que os erros são algo terrível.

Percebe-se que o perfeccionismo é diferente do desejo de superação, que estaria mais relacionado a uma busca em aprimorar seu desempenho, se preparar para tarefas pelas quais é responsável, estabelecer metas realistas e não se condenar caso as coisas não saiam como o planejado.

Além dos padrões inalcançáveis e inflexíveis, a rigidez em se autoavaliar é um dos pontos principais para a manutenção desse problema, sendo comuns pensamentos do tipo “se eu não me sair bem nessa tarefa, quer dizer que sou incompetente”.

Sendo assim, pessoas perfeccionistas podem acabar em diferentes situações, como: atingir os objetivos, mas mesmo assim se desvalorizar focando no que poderia ter sido melhor; não atingir uma meta impossível de ser alcançada e sofrer com isso; ou até interpretando as falhas como uma grande incapacidade, gerando uma vontade de controle das situações para impedir que algo dê errado.

A terapia não tem como objetivo fazer com que a pessoa abra mão dos seus padrões exigentes, mas sim que possa flexibilizá-los o suficiente para ajudá-lo a alcançar seus objetivos sem tamanho sofrimento e prejuízos que o perfeccionismo tende a causar.